O navio de guerra INS Sumitra, implantado em operações antipirataria ao longo da costa leste da Somália e do golfo de Aden, "forçou a libertação de 19 tripulantes" do pesqueiro Al Naeemi, informou a marinha indiana na rede social X (antigo Twitter).
A operação ocorreu a cerca de 850 milhas náuticas (cerca de 1.550 quilómetros) a oeste de Kochi, no sul da Índia.
"Onze piratas somalis" fizeram reféns os funcionários, levando as forças indianas a mobilizarem comandos da marinha e um helicóptero na operação de resgate.
Fotos divulgadas pela Marinha indiana mostram membros das forças especiais a embarcar no Al Naeemi à noite e, mais tarde, de pé e armados diante de um grupo de homens ajoelhados com as mãos amarradas nas costas no convés do navio.
Na segunda-feira, a marinha da Índia disse que "frustrou a tentativa de pirataria" de um outro barco pesqueiro de bandeira iraniana, no qual viajavam 17 tripulantes e que tinha sido abordado por piratas somalis perto do golfo de Aden.
O INS Sumitra "realizou a libertação dos 17 tripulantes, bem como do barco" pesqueiro Iman, detalhou Vivek Madhwal, porta-voz da marinha indiana.
Os rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão, lançaram numerosos ataques no mar Vermelho e no golfo de Aden, tendo como alvo navios ligados a Israel, em resposta à guerra na Faixa Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas.
Em resposta, as forças navais internacionais deslocaram-se do norte do golfo de Aden para o mar Vermelho, provocando receios de um ressurgimento da pirataria nesta área menos vigiada.
Um ataque de piratas somalis foi relatado em dezembro passado, pela primeira vez desde 2017.
Os ataques de piratas ao largo da costa da Somália atingiram o pico em 2011, com operações lançadas a mais de 3.500 quilómetros da costa da Somália, no oceano Índico, antes de diminuírem acentuadamente nos últimos anos.
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