Nyusi avisa que rebeldes "não vão ter bons dias para sempre"

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, voltou hoje a apelar aos moçambicanos que se juntaram aos grupos rebeldes em Cabo Delgado para reconsiderarem a sua posição, avisando que "os terroristas não vão ter bons dias para sempre".

Notícia

© Lusa

Lusa
30/01/2024 14:16 ‧ 30/01/2024 por Lusa

Mundo

Moçambique

"Quero aproveitar esse momento para apelar aos que estão do lado do terrorismo para reconsiderarem a sua atitude (...) Aconselhamos a regressarem porque bons dias não serão para sempre do lado deles e nós não vamos ficar com as mãos cruzadas", declarou o chefe de Estado, durante uma conferência de imprensa de balanço da visita que realizou a Roma, para participar na Cimeira Itália-África.

As incursões de grupos rebeldes na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, estiveram entre os temas que Filipe Nyusi debateu com quadros de diversos países à margem da cimeira.

"Não há nenhum momento em que nós negligenciemos a possibilidade de partilhar o ponto de situação [do combate contra o terrorismo]. Porque o terrorismo é um problema global. Não se combate o terrorismo sozinho e esta guerra não tem fronteiras", declarou o Presidente moçambicano.

Filipe Nyusi disse ainda que as forças moçambicanas vão continuar a trabalhar para garantir a paz naquela província, avançando que as autoridades estão a adequar a luta ao novo modelo que os rebeldes agora apresentam.

"Vamos continuar com coisas concretas e na base da forma como o terrorista atua agora", frisou o Presidente moçambicano.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás.

Após um período de relativa estabilidade, nas últimas semanas, novos ataques e movimentações foram registados em Cabo Delgado, embora localmente as autoridades suspeitem que a movimentação esteja ligada à perseguição imposta pelas Forças de Defesa e Segurança nos distritos de Macomia, Quissanga e Muidumbe, entre os mais afetados.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Leia Também: Programa Mundial Alimentar promete continuar apoiar Moçambique

 

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas