15 mortos em confrontos com separatistas no Paquistão

Confrontos com um grupo separatista causaram 15 mortos, incluindo quatro membros das forças de segurança e dois civis, na província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, de acordo com um novo balanço divulgado pelo exército.

Notícia

© Lusa

Lusa
31/01/2024 06:21 ‧ 31/01/2024 por Lusa

Mundo

Paquistão

kO ministro interino da Informação do Baluchistão, Jan Achakzai, tinha inicialmente dito à agência de notícias France-Presse na terça-feira que seis rebeldes morreram nos combates, que ocorreram de madrugada, na cidade de Mach.

O exército esclareceu nesse dia à noite que "nove terroristas, incluindo três homens-bomba", foram mortos.

"Quatro valentes membros das forças de segurança" e "dois civis inocentes" também perderam a vida, acrescentou o Serviço de Comunicações do Exército do Paquistão, num comunicado.

O principal grupo separatista da região, o Exército de Libertação Baluch (BLA), assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Achakzai explicou que as forças de segurança repeliram "ataques coordenados" visando pelo menos três instalações governamentais, incluindo uma base de tropas paramilitares e uma esquadra da polícia.

Também na terça-feira, pelo menos quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas num atentado bombista num comício do partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI) do antigo primeiro-ministro Imran Khan, na cidade de Sibi, no Baluchistão.

Isto no mesmo dia em que Khan e um deputado do mesmo partido foram condenados a dez anos de prisão por um tribunal paquistanês que os considerou culpados de revelar segredos oficiais.

Khan, que foi destituído pelo parlamento em abril de 2022, está atualmente a cumprir uma pena de três anos de cadeia respeitante a um caso de corrupção.

O Baluchistão, uma província grande, pobre e escassamente povoada, é há muito tempo palco de violência étnica, sectária e separatista.

A região é rica em hidrocarbonetos e minerais, mas a população queixa-se de ser marginalizada e de não poder beneficiar dos seus recursos naturais.

De acordo com organizações de direitos humanos, a repressão militar levou a vários desaparecimentos e execuções extrajudiciais.

As tensões no Baluchistão aumentaram a 17 de janeiro, quando o Irão lançou ataques aéreos contra a província, visando o que Teerão disse serem esconderijos do grupo armado sunita anti-iraniano Jaish al-Adl (Exército da Justiça), causando a morte de duas crianças.

Em resposta, o Paquistão lançou ataques aéreos contra os alegados esconderijos do grupo armado no interior do Irão, na província de Sistan, matando pelo menos nove pessoas.

Leia Também: Ex-primeiro-ministro do Paquistão condenado a 10 anos de prisão

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas