Relação de Taylor Swift influenciará eleições? Republicanos dizem que sim

Ainda que as conversas já decorram há meses, as teorias dos aliados conservadores tomaram outras proporções depois de, no domingo, a equipa de Travis Kelce ter garantido o seu lugar na Super Bowl.

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Daniela Filipe
31/01/2024 17:54 ‧ 31/01/2024 por Daniela Filipe

Mundo

EUA

É sabido que, em 2020, a cantora norte-americana Taylor Swift posicionou-se ao lado do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que viria a vencer contra o candidato republicano e antigo chefe de Estado Donald Trump. Apesar de a artista ainda não se ter pronunciado quanto às eleições presidenciais de 2024, os aliados do magnata já declararam "guerra" à estrela da pop, acreditando até que a sua relação com o atacante dos Kansas City Chiefs Travis Kelce dará, novamente, a vitória a Biden.

Ainda que as conversas já decorram há meses, as teorias dos aliados conservadores tomaram outras proporções depois de, no domingo, a equipa de Kelce ter garantido o seu lugar na Super Bowl, a 11 de fevereiro. É que, para estes republicanos, a liga de futebol americano tem sido manipulada para abrir caminho para a vitória dos Chiefs e, consequentemente, de Joe Biden.

Na segunda-feira, um artigo do jornal New York Times que deu conta de que o presidente norte-americano gostaria de contar, uma vez mais, com o apoio de Taylor Swift deitou mais achas para a fogueira.

"Pergunto-me quem vai ganhar a Super Bowl no próximo mês. E pergunto-me se haverá um grande apoio presidencial vindo de um casal artificial e culturalmente criado este outono. São apenas algumas especulações malucas, vamos ver o que acontece nos próximos oito meses", escreveu o ex-candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy, na rede social X (Twitter).

A advogada de Trump, Alina Habba, por seu turno, também se manifestou contra a cantora, no mesmo dia, enquanto a pivô da Fox News Jeanine Pirro, que atuou como conselheira política informal do magnata, alertou a artista para não se envolver na política.

"Não se envolva. Não se envolva em política; não queremos ver isso. Joe Biden está numa situação difícil com os jovens e ele sabe disso. Se ele acha que a Taylor pode tirá-lo desse buraco, irá em frente", disse, durante o programa ‘The Five’.

Já no início do mês, o apresentador Jesse Watters, do mesmo canal, sugeriu que a estrela da pop era um ativo do Departamento de Defesa dos Estados Unidos envolvido numa guerra psicológica, tendo em conta as campanhas de Travis Kelce pela Pfizer, uma das farmacêuticas responsáveis pela vacina contra a Covid-19, e o sucesso da digressão The Eras Tour, que impulsionou economias locais.

"Há cerca de quatro anos, a unidade de operações psicológicas do Pentágono incentivou a NATO a transformar Taylor Swift num trunfo para combater a desinformação online", disse Watters, durante o programa ‘Jesse Watters Primetime’.

Contudo, a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, desvalorizou os comentários do apresentador, que considerou serem apenas uma "teoria da conspiração".

"Vamos livrar-nos disso", apontou, numa referência ao tema ‘Shake It Off’.

Já a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, invocou a Lei Hatch, que proíbe funcionários públicos de se envolver em algumas atividades políticas, ao recusar-se a responder se Biden apareceria com Swift em breve.

"Não vou entrar na agenda do presidente a partir daqui, no que se refere às eleições de 2024", disse, na segunda-feira.

Apesar de todo o frenesim, o conselheiro da campanha eleitoral de Trump, Jason Miller, minimizou o impacto que Taylor Swift poderá ter para Biden, tendo atirado que os cidadãos vão prestar mais atenção ao estado atual do país.

"Joe Biden pode estar a contar com Taylor Swift para o salvar, mas os eleitores estão a olhar para estas taxas de inflação altíssimas e a dizer: 'Nunca mais voltaremos a ficar juntos'", disse, numa referência à canção ‘We Are Never Getting Back Together’.

Sublinhe-se que Taylor Swift foi quase totalmente apolítica até 2018, quando apoiou dois democratas no Tennessee, onde viveu quando era adolescente.

Já no documentário da Netflix 'Miss Americana', que estreou em 2020, a artista lamentou não ter se manifestado contra Trump durante as eleições de 2016.

Leia Também: X desbloqueia pesquisas com o nome de Taylor Swift (mas há uma exceção)

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