"Os funcionários do Governo emitiram licenças para instalações de gás em áreas residenciais quando estava muito claro que esta não era a coisa certa a fazer, mas por causa da incompetência e da corrupção emitiram as licenças", afirmou hoje Ruto, na sua primeira reação pública ao desastre, que provocou fortes críticas ao Governo, durante uma viagem ao condado de Kakamega (oeste).
O acidente, que ocorreu na noite de quinta-feira, causou três mortos e 280 feridos no bairro de Mradi, em Embakasi, no sudeste de Nairobi, provocado pela a explosão de um camião carregado de botijas que estava próximo do armazém de gás.
Este armazém de gás instalado no densamente povoado distrito de Embakasi foi inicialmente descrito como "ilegal" na sexta-feira pelas autoridades.
Entretanto, a Autoridade Nacional de Gestão Ambiental (NEMA) revelou hoje que a empresa Maxxis Nairobi Energy obteve uma licença de instalação em 02 de fevereiro de 2023.
"As investigações preliminares mostraram que quatro agentes da NEMA manipularam a licença de maneira que não obedece os procedimentos e, portanto, são culpados", disse o presidente do conselho da NEMA, Emilio Mugo, num comunicado no sábado.
A agência "ordenou que os agentes envolvidos se retirassem imediatamente, enquanto se aguarda uma investigação mais aprofundada pelas autoridades governamentais relevantes", acrescentou a nota.
Sem mencionar explicitamente a NEMA, William Ruto pediu que os responsáveis fossem "despedidos e processados pelos crimes que cometeram".
Surpreendidos durante à noite pela poderosa explosão, os moradores descreveram uma "bola de fogo" que se espalhou, devastando empresas e casas, semeando o "caos". Os bombeiros levaram mais de nove horas para controlar as chamas.
Na sexta-feira, o Governo reportou três mortes, 280 feridos e mais de 400 famílias afetadas. Nenhum novo balanço estava disponível até a manhã de hoje.
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