"Os ataques contra civis resultaram em perda de vidas, queima de mercados, saques de propriedades e desvio de gado. O número de vítimas é de 19 mortos e 18 feridos", disse a Autoridade Administrativa de Abyei (AAA) num comunicado divulgado hoje.
Os confrontos são frequentes em Abyei, uma região produtora de petróleo na fronteira entre o Sudão e o Sudão do Sul, sem estatuto definido e disputada pelos dois países, que está sob a proteção da ONU.
Uma pessoa foi morta no sábado num ataque e três foram sequestradas, e outras 18 pessoas foram mortas hoje "incluindo quatro mulheres, três crianças e um trabalhador dos médicos sem fronteiras", acrescentou a mesma fonte.
No fim de semana passado, confrontos semelhantes entre membros das duas tribos rivais da étnia Dinka, os Ngok de Abyei e os Twic do vizinho Estado de Warrap, deixaram 54 mortos, incluindo dois soldados da paz, e 64 feridos.
"Este ciclo de ataques coordenados viola a ordem presidencial que pede uma solução pacífica do conflito comunitário entre o povo Dinka Ngok e Twic do Estado de Warrap", acrescentou.
O conflito entre as tribos Twic e Ngok, ambas do maior grupo étnico do país, começou em 2022 por reivindicações de terras numa área na fronteira do território de Abyei com o Estado de Warrap.
Em janeiro, o presidente sul-sudanês, Salva Kiir, pediu um cessar-fogo.
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