Autoridades senegalesas suspendem canal de TV por "incitar à violência"

As autoridades senegalesas suspenderam hoje o sinal de um canal de televisão privado que alegadamente "incitava à violência" através das imagens dos protestos contra o adiamento das eleições presidenciais.

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© Getty Images

Lusa
04/02/2024 21:12 ‧ 04/02/2024 por Lusa

Mundo

Senegal

O Ministério das Comunicações, "de acordo com o Conselho Nacional de Regulação Audiovisual (CNRA), ordenou às emissoras da Walf TV que cortassem temporariamente o sinal por incitar à violência", disse à AFP o seu diretor de comunicação, Ousseynou Dieng.

O grupo Walf anunciou nas redes sociais que a sua licença tinha sido "definitivamente retirada pelo Estado".

O Presidente Macky Sall anunciou no sábado a revogação do decreto que convocava as eleições presidenciais para 25 de fevereiro.

Na sequência desta revogação, o processo eleitoral foi adiado por tempo indeterminado, face a uma polémica levantada em torno da lista final de candidatos.

Perante esta decisão, a oposição convocou protestos para hoje em Dacar, capital do país, e planeia manter a campanha eleitoral conforme projetado, ignorando a decisão de Macky Sall.

Durante a tarde houve alguns confrontos entre manifestantes e a polícia senegalesa. A ex-primeira-ministra e atual membro da oposição senegalesa Aminata Touré foi detida quando participava em Dacar numa manifestação.

O Presidente senegalês, que não se candidata a um novo mandato, garantiu que vai iniciar um "diálogo nacional aberto", de modo a reunir as condições para que as eleições decorram de forma livre, transparente e inclusiva.

A suspensão eleitoral é motivada por um "conflito aberto no contexto de um alegado caso de corrupção de juízes", referiu Sall numa declaração televisiva.

Leia Também: Senegal. Ex-primeira-ministra e membro da oposição detida em manifestação

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