"Tanto os EUA como o Reino Unido devem estar preparados para serem responsabilizados. Devem pagar um preço elevado", segundo o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Houthi, Husain al-Ezzi, em conferência de imprensa, na qual precisou terem ocorrido "quase 300 ataques aéreos".
O responsável avisou para a "grande fatura" que os atacantes do seu país terão de pagar, indicando que "cada ataque está gravado nas mentes e corações de 40 milhões de iemenitas.
"Os Estados Unidos não podem escapar", afirmou Ezzi, que alertou que o seu movimento, apoiado pelo Irão e que controla grandes regiões do norte, centro e oeste do país, "não tolerará qualquer ataque dirigido contra o Iémen, mesmo aqueles que apenas poluíram o ar ou levantaram poeira no nosso país".
Para o responsável, Washington é "a única ameaça à navegação marítima" por "militarizar o Mar Vermelho".
No domingo, os militares norte-americanos anunciaram a destruição no Iémen de um míssil antinavio que os rebeldes Huthis estariam a preparar para ser lançado contra navios no mar Vermelho.
Horas antes, os Estados Unidos e o Reino Unido tinham lançado uma nova onda de ataques contra os rebeldes Huthis em 13 pontos do Iémen.
Os ataques "nunca afetarão a nossa posição firme a favor de Gaza e da Palestina", argumentou ainda o responsável, que também garantiu que continuará o plano de impedir a navegação no Mar Vermelho de todos os navios israelitas ou ligados a Israel, ou seja a "medida temporária até que a agressão (israelita) contra Gaza termine e sejam abertas os acessos para alimentos e medicamentos".
Os Huthis, grupo considerado terrorista por Washington, têm levado a cabo dezenas de ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho, onde navega cerca de 15% do comércio marítimo mundial, em resposta à ofensiva que Israel está a levar a cabo na Faixa de Gaza , o que levou várias companhias marítimas internacionais a evitarem navegar naquela importante rota marítima.
Os ataques sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva no território palestiniano lançada por Telavive causou mais de 26 mil mortos, de acordo com dados das autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas desde 2007.
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