"Verificamos que, em conformidade com os cinco princípios básicos estabelecidos pelo Conselho de Segurança da ONU, a integridade física da central tem-se mantido bastante estável", afirmou Grossi, citado num comunicado da agência que integra o sistema das Nações Unidas.
"Registaram-se menos episódios de ataques diretos ou de bombardeamentos em torno [da central], um desenvolvimento positivo mesmo que mantenhamos muitas precauções", disse.
A central, controlada pelas tropas de Moscovo desde março de 2022 e situada junto ao rio Dnieper que constitui uma linha da frente natural, encontra-se no centro da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.
O local foi atingido por diversas vezes e a rede elétrica do complexo registou diversos cortes, uma situação precária que suscita frequentemente receios de um acidente nuclear. Kyiv e Moscovo acusam-se mutuamente de ataques que pretendem provocar uma catástrofe na central.
No decurso da visita de hoje, que a AIEA classificou como "importante", Rafael Grossi disse ter abordado a questão do abastecimento de água, essencial para assegurar o arrefecimento da central.
"As questões relativas ao pessoal e à necessidade de assegurar disponibilidade suficiente de licenças e do pessoal autorizado foram assuntos também abordados nas conversações", acrescentou.
Em 01 de fevereiro, a AIEA anunciou que os russos recusavam a partir dessa data o acesso a central de funcionários da Energoatom, o operador nacional ucraniano.
Atualmente, cerca de 4.500 pessoas trabalham sob a autoridade dos russos, segundo os números fornecidos aos peritos da AIEA em permanência no local. Antes da guerra, a central contava com 11.500 funcionários.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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