Borrell visitou edifício residencial atacado com mísseis russos em Kyiv

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, concluiu a viagem de dois dias à Ucrânia com uma visita ao edifício residencial atingido hoje por mísseis russos na capital.

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© X/Josep Borrell

Lusa
07/02/2024 22:57 ‧ 07/02/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Presto homenagem aos civis inocentes que foram assassinados em Kyiv e em outros lugares da Ucrânia durante este último ataque indiscriminado da Rússia", frisou Borrell numa publicação na rede social X.

O alto representante da UE para a Política Externa e de Segurança divulgou ainda fotos da sua visita ao prédio, bem como a um abrigo, juntamente com o presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klitchko.

O autarca informou que este ataque, o terceiro contra a capital ucraniana este ano, provocou um incêndio num edifício de apartamentos de 18 andares e danos em duas linhas de alta tensão, além de quatro mortos e 32 feridos.

Numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, o diplomata espanhol contou que teve de se refugiar "como muitos milhares de ucranianos" numa das caves do seu hotel, juntamente com o resto da delegação da UE durante o alerta antiaéreo.

A Rússia lançou hoje um total de 44 mísseis e 20 drones contra todo o território ucraniano, tendo a capital como principal alvo. As defesas aéreas ucranianas conseguiram abater mais de quarenta destes projéteis.

Borrell iniciou esta terça-feira uma visita de dois dias à Ucrânia para reafirmar o apoio político e militar da UE ao país.

O chefe da diplomacia europeia garantiu também hoje que a Ucrânia permanece "uma prioridade absoluta" para a UE e defendeu que "a guerra deve ser vencida e a paz deve ser conquistada".

Quase dois anos após o início da invasão russa, a linha da frente está num impasse e a popularidade de Zelensky encontra-se em queda.

Borrell apelou à união dos seus interlocutores, porque é "a chave para a vitória", e transmitiu uma "forte mensagem de solidariedade" e "apoio em termos financeiros e militares, munições e armas".

"Estamos e estaremos empenhados em apoiar a Ucrânia, não pelo tempo que for necessário, mas custe o que custar. Não como uma medida de tempo, mas como uma medida de quantidade, qualidade e rapidez", afirmou.

O Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky destacou hoje que o fornecimento de um milhão de munições por parte da União Europeia à Ucrânia deve ser "plenamente concretizado" para "garantir a segurança comum".

Após um encontro com Dmytro Kuleba, Borrell tinha concordado também sobre a necessidade de "criar as condições para acelerar a entrega de munições e mísseis", um processo que, disse, está a "acelerar".

No ano passado, os 27 comprometeram-se a fornecer um milhão de munições até ao final de março, mas os atrasos têm vindo a acumular-se.

Leia Também: Ucrânia continua a ser "prioridade absoluta" para a União Europeia

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