Um advogado israelita saiu da prisão, na quarta-feira e ao final de 110 dias, por organizar um protesto pacífico contra a guerra no Médio Oriente. Ahmad Khalefa, de 42 anos, trabalha com uma organização não-governamental na defesa dos direitos humanos e passou agora para prisão domiciliária.
O homem foi detido a 19 de outubro e acusado de "incitação ao terrorismo", de acordo com o The Guardian. O tribunal não conseguiu encontrar nenhuma prova que sustentasse a acusação contra o homem, que estava em risco de ser condenado a uma pena de prisão até 8 anos.
No protesto que organizou, Ahmad Khalefa usou cânticos anticorrupção e acabou por ficar ferido. Após a detenção, foi-lhe negado tratamento médico e o advogado garante ainda que foi, assim como outros prisioneiros, privado de comida e roupa. O homem acusa também a polícia de lhe causar abusos degradantes.
O advogado de Ahmad Khalefa já tinha tentado várias vezes que o cliente passasse para prisão domiciliária, alegando a falta de antecedentes criminais.
No entanto, os recursos foram sempre negados, e só esta quarta-feira é que o juiz rejeitou a ideia de que Ahmad Khalefa é uma "pessoa perigosa". O magistrado referiu ainda que "manter um advogado detido durante quatro meses exige uma explicação".
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