Harris lidera delegação dos EUA na Conferência de Segurança de Munique

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, vai liderar a delegação do seu país na Conferência Anual de Segurança, em Munique, numa altura em que os norte-americanos procuram desbloquear mais ajuda à Ucrânia e Israel.

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Lusa
10/02/2024 06:29 ‧ 10/02/2024 por Lusa

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EUA

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que regressou quinta-feira de uma nova viagem ao Médio Oriente, também participará neste fórum que pretende ser o "Davos da defesa" e que reúne todos os anos a elite diplomática e militar ocidental e não só, adiantou hoje a Casa Branca.

Além de um discurso sobre política externa, Harris, que já visitou Munique no ano passado, terá uma série de reuniões bilaterais com líderes de outros países entre 15 e 17 de fevereiro, para discutir o apoio à Ucrânia na sua guerra contra a Rússia e a situação no Médio Oriente, pode ler-se na nota de imprensa.

A administração liderada pelo democrata Joe Biden e a oposição republicana no Congresso negociam há meses um projeto de lei que inclui ajuda militar de cerca de 60 mil milhões de dólares (55,6 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) à Ucrânia, bem como 14 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros) a Israel, que está em guerra com o movimento islamita palestiniano Hamas, desde o ataque contra território israelita, em 07 de outubro.

O Senado dos EUA deu um primeiro passo 'tímido' esta quinta-feira no sentido da aprovação destes pacotes de ajuda, mas o seu futuro permanece muito incerto.

Os 27 países da União Europeia chegaram recentemente a acordo sobre um pacote de 50 mil milhões de euros até 2027, para a Ucrânia, depois de a Hungria ter levantado o seu veto.

Na Europa, muitas autoridades estão preocupadas com a incerteza em torno do apoio dos EUA a Kiev, num momento em que o republicano Donald Trump pode regressar à Casa Branca após as presidenciais de novembro.

A conferência de Munique reúne todos os anos a elite da defesa de todo o mundo e pretende ser um verdadeiro barómetro das relações transatlânticas.

Antes de Munique, o chefe da diplomacia norte-americana visitará a Albânia para "reafirmar a força da relação bilateral com este parceiro fundamental para a estabilidade nos Balcãs", de acordo com um comunicado do Departamento de Estado também hoje divulgado.

A Albânia voltou-se determinadamente para o Ocidente após décadas de isolamento sob o regime comunista de Enver Hoxha. O pequeno país dos Balcãs aderiu à NATO em 2009 e é candidato à adesão na União Europeia.

Leia Também: Congressistas dos EUA prometem apoio financeiro e militar em Kyiv

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