O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou, esta quarta-feira, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tenha proposto aos Estados Unidos um cessar-fogo na Ucrânia, através de intermediários.
"Não. Não é verdade", respondeu Peskov após ser questionado sobre a veracidade da notícia.
A informação foi avançada na terça-feira pela agência de notícias Reuters, que, citando fontes russas, indicou que os Estados Unidos não aceitaram a proposta de cessar-fogo na Ucrânia.
A proposta de cessar-fogo terá sido transmitida por Putin através de intermediários, em 2023, tanto em meios públicos como em privado. Alguns deles serão parceiros árabes de Moscovo no Médio Oriente.
A agência britânica revelou, porém, que não terá havido nenhum contacto oficial relativamente ao assunto e que Washington não pretende entrar em negociações que não envolvam a presença da Ucrânia.
Sublinhe-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
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