O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, apelou ao Congresso dos Estados Unidos para aprovar o envio de um novo pacote de apoio militar para a Ucrânia.
Cameron alertou para a situação, comparando-a com "a fraqueza mostrada contra Hitler na década de 1930". "Acabou por voltar, custando-nos muito mais vidas para impedir a sua agressão", disse.
Em declarações publicadas no jornal norte-americano The Hill, Cameron argumentou que a "história conjunta" do Reino Unido e dos EUA "mostra a loucura de ceder aos tiranos na Europa que acreditam em redesenhar as fronteiras pela força".
"Não quero que mostremos a fraqueza demonstrada contra [Vladimir] Putin em 2008, quando invadiu a Geórgia, ou a incerteza da resposta em 2014, quando tomou a Crimeia e grande parte do Donbass - antes de voltar e custar -nos muito mais com a sua agressão em 2022", alertou também.
Uma coligação bipartidária de senadores aprovou na noite de segunda-feira um pacote de ajuda externa de mais de 95 mil milhões de dólares (mais de 88 mil milhões de euros) para a Ucrânia, Israel e outros fins, numa votação de 66 votos a favor e 33 contra, que incluiu o voto favorável de 17 senadores republicanos.
O pacote inclui 10 mil milhões de dólares (cerca de 9.320 milhões de euros) para ajuda humanitária a civis em zonas de conflito.
"Estou grato ao senador Chuck Schumer, ao líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e a todos os senadores americanos que apoiaram a continuidade da assistência à Ucrânia na luta pela liberdade, pela democracia e pelos valores que nos são caros", escreveu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na rede social 'X'.
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