UE "muito preocupada" com planos israelitas para operação em Rafah
A União Europeia (UE) mostrou-se hoje "muito preocupada" com os planos israelitas para uma operação terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, alertando para o agravamento de "uma situação humanitária já catastrófica".
© FREDERICK FLORIN/AFP via Getty Images
Mundo Josep Borrell
Num comunicado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pede ao Governo israelita "para não tomar medidas militares em Rafah que possam agravar uma situação humanitária já catastrófica, impedindo a prestação urgente de assistência humanitária" nesta zona do enclave palestiniano, controlado pelo grupo islamita Hamas desde 2007.
Na mesma nota, Borrell diz que a UE reconhece o direito de Israel de se defender, "em conformidade com o direito internacional", mas reitera a "importância de garantir sempre a proteção de todos os civis", aconselhando a uma atitude de prudência numa região que acolhe mais de um milhão de palestinianos.
Ainda nestas declarações, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança reitera o apelo ao Hamas para que liberte "de forma imediata e incondicional" todos os reféns, que mantém na Faixa de Gaza desde o ataque realizado no sul de Israel a 07 de outubro do ano passado.
O Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE deverá analisar a situação na Faixa de Gaza na sua próxima reunião, marcada para segunda-feira.
Segundo Israel, os operacionais do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas nos ataques no sul do país, lançados a partir da Faixa de Gaza.
Os atacantes também raptaram mais de duas centenas de pessoas que levaram como reféns para Gaza, das quais algumas foram trocadas por presos palestinianos e outras foram mortas.
Em reação ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas e lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre contra o território de 2,3 milhões de habitantes, que provocou mais de 28 mil mortos desde então, segundo o grupo islamita palestiniano.
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