Centenas de pessoas, militantes dos direitos humanos, opositores e jornalistas independentes, foram classificados nos últimos anos de "agentes do estrangeiro", que implica fortes constrangimentos administrativos e a obrigação de revelar essa imposição em qualquer comunicação pública.
Segundo o Ministério da Justiça russo, Tinkov, residente no estrangeiro, "difundiu falsas informações" sobre a política do Kremlin e o conflito na Ucrânia.
Tinkov renunciou em 2022 à sua nacionalidade russa, dizendo que não pretendia "estar associado a um país fascista que desencadeou uma guerra com o seu vizinho pacífico e que mata diariamente inocentes".
Disse ainda aguardar que outros empresários sigam o seu exemplo para "enfraquecer o regime de [Vladimir] Putin e a sua economia e de colocá-lo finalmente em cheque".
O milionário também criticou com virulência a "absurda" ofensiva russa na Ucrânia, apelando aos ocidentais para ajudarem a pôr termo ao massacre.
Tinkov é fundador do banco Tinkoff, que registou um rápido crescimento e reivindicou em 2020 o estatuto de terceiro maior banco de retalho da Rússia, atrás dos gigantes públicos Sberbank e VTB.
Em 2020 deixou o cargo de presidente do banco Tinkoff, que se distanciou das suas declarações contra o assalto russo à Ucrânia.
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