"A morte de Navalny pode constituir uma privação arbitrária do direito à vida e serve como um lembrete da drástica deterioração dos direitos humanos na Rússia", afirmaram os especialistas da ONU, em comunicado.
Os mesmos responsáveis recordaram também as várias vezes em que denunciaram as condições em que Navalny estava detido e que podiam ser consideradas tortura e maus-tratos.
Estes especialistas também tinham feito apelos urgentes à libertação, face à deterioração do estado de saúde e à negação de cuidados médicos ao opositor de Vladimir Putin.
"Não é apenas o momento de expressar condolências, mas de exigir justiça para Navalny e todos os outros ativistas políticos e defensores dos direitos humanos na Rússia que foram vítimas de um sistema de repressão e silenciamento da sociedade civil e da dissidência", concluíram.
Entre os signatários da declaração estão a relatora especial da ONU para os direitos humanos na Rússia, Mariana Katzarova, a sua homóloga para a proteção dos defensores dos direitos humanos, Mary Lawlor, e a relatora contra a tortura, Alice Jill Edwards.
O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.
Navalny, 47 anos, estava numa prisão no Ártico, para cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob "regime especial" e, segundo aqueles serviços, sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Até ao momento, a equipa de Navalny não confirmou esta informação, mas destacados dirigentes ocidentais e os apoiantes do opositor responsabilizam o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.
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