Vários detidos em homenagem a Navalny no centro de Moscovo

Mais de numa dezena de pessoas foram hoje detidas quando tentavam prestar homenagem ao líder da oposição ao Kremlin, Alexei Navalny, no Muro da Dor, em Moscovo, um monumento dedicado às vítimas da repressão política.

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Lusa
17/02/2024 13:02 ‧ 17/02/2024 por Lusa

Mundo

Alexei Navalny

Segundo o portal Sota, citado pela EFE, a polícia deteve quem exibia faixas em homenagem ao opositor que morreu na prisão ou a criticar o papel do Kremlin na sua morte.

"Putin, o assassino de Navalny", lia-se numa faixa levada por um jovem.

As autoridades russas dispersaram também pessoas que pretendiam colocar ramos de flores naquele local e levaram-nos à força por uma passagem subterrânea, enquanto os presentes gritavam "vergonha!", denunciou a mesma fonte.

Horas antes, a OVD-Info, organização que protege os direitos dos opositores detidos, deu conta de mais de cem detidos, em diferentes cidades russas, durante ações de protesto contra a morte na prisão do líder da oposição, das quais 69 detenções em São Petersburgo, cidade natal do Presidente russo, Vladimir Putin.

Desde sexta-feira, forças policiais e agentes à paisana tentam retirar os memoriais criados por apoiantes de Navalny, tanto em monumentos às vítimas da repressão política, quanto em locais improvisados, como a ponte onde o opositor Boris Nemtsov foi assassinado, em 2015, segundo informações difundidas nas redes sociais.

De acordo com a imprensa local, inúmeras pessoas prestaram homenagem ao líder da oposição desde sexta-feira, colocando flores ou velas em locais designados nas suas cidades.

Milhares de russos no exílio saíram às ruas para protestar contra o que consideram um assassínio encomendado pelo Kremlin e apelaram hoje a mais ações em cidades europeias, americanas e latino-americanas.

O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.

Navaly, 47 anos, estava numa prisão no Ártico, para cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob "regime especial" e, segundo aqueles serviços, sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Leia Também: Mais de 100 pessoas detidas em protestos e vigílias por Navalny na Rússia

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