Segundo o portal Sota, citado pela EFE, a polícia deteve quem exibia faixas em homenagem ao opositor que morreu na prisão ou a criticar o papel do Kremlin na sua morte.
"Putin, o assassino de Navalny", lia-se numa faixa levada por um jovem.
As autoridades russas dispersaram também pessoas que pretendiam colocar ramos de flores naquele local e levaram-nos à força por uma passagem subterrânea, enquanto os presentes gritavam "vergonha!", denunciou a mesma fonte.
Horas antes, a OVD-Info, organização que protege os direitos dos opositores detidos, deu conta de mais de cem detidos, em diferentes cidades russas, durante ações de protesto contra a morte na prisão do líder da oposição, das quais 69 detenções em São Petersburgo, cidade natal do Presidente russo, Vladimir Putin.
Desde sexta-feira, forças policiais e agentes à paisana tentam retirar os memoriais criados por apoiantes de Navalny, tanto em monumentos às vítimas da repressão política, quanto em locais improvisados, como a ponte onde o opositor Boris Nemtsov foi assassinado, em 2015, segundo informações difundidas nas redes sociais.
De acordo com a imprensa local, inúmeras pessoas prestaram homenagem ao líder da oposição desde sexta-feira, colocando flores ou velas em locais designados nas suas cidades.
Milhares de russos no exílio saíram às ruas para protestar contra o que consideram um assassínio encomendado pelo Kremlin e apelaram hoje a mais ações em cidades europeias, americanas e latino-americanas.
O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.
Navaly, 47 anos, estava numa prisão no Ártico, para cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob "regime especial" e, segundo aqueles serviços, sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Leia Também: Mais de 100 pessoas detidas em protestos e vigílias por Navalny na Rússia