Pelo menos quatro polícias ficaram feridos nas primeiras horas deste domingo, quando grupos rivais de eritreus se confrontavam nas ruas de Haia, nos Países Baixos, incendiando carros da polícia e atirando pedras.
Segundo a AFP, unidades policiais especiais dispararam gás lacrimogéneo contra os manifestantes, que a polícia disse serem grupos pró e antigoverno da Eritreia que participavam numa reunião pacífica em Haia.
"Durante os tumultos, pedras, fogos de artifício e outros itens foram atirados contra policiais e bombeiros. Vários manifestantes tinham armas para atingir as pessoas", disse a polícia.
Os manifestantes incendiaram dois carros da polícia e um autocarro. Durante os distúrbios, dois policias sofreram ferimentos nas mãos e outro nos dentes. Um quarto foi atropelado por um carro da polícia no meio do caos.
"Do nada, os nossos colegas foram confrontados com uma violência muito intensa e grave", disse a comandante da polícia Marielle van Vulpen à agência de notícias.
A polícia fez várias detenções e pediu testemunhas e imagens de vídeo enquanto investiga os tumultos.
"A violência usada contra agentes e equipamentos policiais é terrível e inaceitável", disse por sua vez o autarca da cidade, Jan van Zanen.
O líder anti-imigração de extrema direita Geert Wilders partilhu imagens da noite na rede social X e pediu "prisão e deportação".
“Porque é que metade do mundo pode vir aqui para destruir o nosso país, lutar entre si, atirar pedras à polícia e atear fogo aos seus carros?”, continuou.
Existem cerca de 25 mil eritreus nos Países Baixos, segundo dados oficiais do governo.
Grupos pró e antigovernamentais já entraram antes em confronto, inclusive no ano passado, quando várias pessoas foram esfaqueadas antes de um evento para celebrar a independência da Eritreia da Etiópia.
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