"O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é genocídio"
O Presidente brasileiro comparou hoje, em Adis Abeba, na cimeira da União Africana (UA), as operações militares israelitas com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler no século XX, acusando Israel de genocídio.
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Mundo Lula da Silva
"O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio. O que está a acontecer na Faixa de Gaza com o povo palestiniano (...) já aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus", afirmou Lula da Silva.
"Esta não é uma guerra de soldados contra soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças", acrescentou.
O chefe de Estado do Brasil também condenou o ataque do movimento islamita Hamas, chamando-o de ato terrorista.
A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas, em 07 de outubro, contra o sul de Israel, que causou a morte a mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France-Presse (AFP), a partir de dados oficiais israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que fez 28.775 mortos, na grande maioria civis, segundo o mais recente balanço, divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.
Hoje, o chefe de Estado do Brasil analisou ainda as relações bilaterais com os seus homólogos de Quénia, Nigéria e Líbia, à margem da cimeira da UA.
Na rede social X (antigo Twitter), Lula da Silva afirmou ter conversado com o Presidente do Quénia, William Ruto, sobre "o potencial de África para expandir a sua produção de alimentos e energia verde e como o Brasil pode construir parcerias".
Com o líder da Nigéria, Bola Tinubu, o Presidente brasileiro discutiu "a deterioração das relações comerciais" e a importância de promover voos diretos entre os dois países.
Por seu lado, com o Presidente da Líbia, Mohamed al-Menfi, foram debatidos "a evolução da estabilidade do país e o desejo de maior proximidade com o Brasil".
No sábado, Lula da Silva havia defendido a reorganização das instituições multilaterais, com o reforço da presença dos países do Sul global.
"Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo. A multipolaridade é um componente inexorável e bem-vindo ao século XXI", afirmou.
O chefe de Estado brasileiro, que foi um dos convidados para participar na 37.ª cimeira da UA, salientou que sem os países em desenvolvimento "não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial que combine crescimento, redução das dificuldades e preservação ambiental com ampliação das liberdades".
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