A morte de Herrera Acosta - um opositor do castrismo e que foi condenado a 20 anos de cadeia em abril de 2003, durante a chamada Primavera Negra de Cuba - provocou "consternação entre os seus amigos e seguidores", anunciou hoje a TV Martí, um serviço de televisão internacional financiado pelo Governo dos EUA.
Um dia antes da sua morte, o dissidente cubano no exílio condenou o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela morte do opositor Alexei Navalny.
Num vídeo publicado nas suas redes sociais, Herrera Acosta denunciou a morte de Navalny como mais um exemplo do "surgimento de um novo Estaline e de um novo Hitler", referindo-se a Putin.
Herrera Acosta, cumpriu pouco mais de sete anos de prisão em Cuba, onde soube que a sua única filha tinha morrido num acidente de viação.
Em agosto de 2010 viajou para Madrid com o jornalista Fabio Prieto Llorente, após a sua libertação nesse mesmo ano, que tinha sido obtida num esforço comum do Governo de Espanha, da Igreja Católica e do Governo cubano de Raúl Castro.
Depois de um período em Espanha, Herrera Acosta mudou-se para os Estados Unidos em 2011, onde continuou a lutar contra o regime cubano.
Os membros do Grupo dos 75 foram libertados entre 2010 e 2011, após um diálogo mediado pela Igreja Católica e pelo Governo espanhol, permitindo que vários se exilassem e outros permanecessem em Cuba.
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