"A Rússia deve permitir uma investigação internacional independente e transparente sobre as circunstâncias desta morte súbita. A UE, em estreita coordenação com os parceiros, não poupará esforços para responsabilizar a liderança política e as autoridades russas, e para impor consequências pelos seus atos, nomeadamente através de sanções", disse o alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, citado em comunicado.
O chefe da diplomacia europeia disse que a UE "está indignada com a morte do político da oposição russa Alexei Navalny, cuja responsabilidade recai, em última instância, sobre o Presidente [da Rússia] Vladimir Putin e as autoridades russas".
"Alexei Navalny teve a coragem de regressar à Rússia após uma tentativa de assassinato com recurso ao agente neurotóxico 'Novichok', que está proibido pela Convenção sobre as Armas Químicas e da qual a Federação da Rússia é um Estado-parte", acrescentou Borrell.
O opositor ao regime de Putin estava "a cumprir várias penas com motivações políticas numa colónia penal na Sibéria com condições rigorosas" e a UE considerou que foi transferido para este estabelecimento prisional para ficar isolado do resto do mundo.
"O acesso a Alexei Navalny por parte da família estava restringido. Os seus advogados têm sido assediados e três deles encontram-se em prisão preventiva desde outubro de 2023", referiu.
Para os 27, a "morte inesperada e chocante de Alexei Navalny é mais um sinal da intensificação da repressão sistemática na Rússia".
Borrell apelou à libertação "imediata e incondicional" de todos os "presos políticos, incluindo Yuri Dmitriev, Vladimir Kara-Murza, Ilya Yashin, Alexei Gorinov, Lilia Chanysheva, Ksenia Fadeeva, Alexandra Skochilenko e Ivan Safronov".
Alexei Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.
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