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Candidatos à Presidência do Senegal pedem eleições até 2 de abril

Quinze dos vinte candidatos às eleições presidenciais do Senegal pediram hoje a convocação de eleições ainda durante o mandato do Presidente Macky Sall, no dia em que uma das duas candidatas femininas anunciou a saída da corrida.

Candidatos à Presidência do Senegal pedem eleições até 2 de abril
Notícias ao Minuto

22:25 - 19/02/24 por Lusa

Mundo Senegal

"A nova data das eleições e a data da transferência de poderes entre o Presidente e o seu sucessor devem ter lugar, o mais tardar, a 02 de abril", lê-se no comunicado de imprensa consultado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), e que foi confirmado por dois dos signatários.

A divulgação do comunicado surge no mesmo dia em que uma das duas mulheres candidatas às eleições presidenciais senegalesas adiadas, Rose Wardini, anunciou que vai sair da corrida devido a dúvidas que surgiram nas redes sociais sobre a sua nacionalidade.

"Decidi com toda a soberania retirar a minha candidatura às eleições presidenciais de 2024", declarou Rose Wardini numa conferência de imprensa em Dacar, citada pela AFP.

A candidata disse que iria apresentar "todas as provas" aos tribunais sobre a sua nacionalidade exclusivamente senegalesa, uma exigência constitucional para qualquer candidato presidencial.

Ginecologista de profissão, Rose Wardini foi uma das 20 candidatas selecionadas em janeiro pelo Conselho Constitucional para participar nas eleições presidenciais, inicialmente previstas para 25 de fevereiro, mas entretanto adiadas pelo Presidente, Macky Sall.

Convocada pela polícia no início de fevereiro, na sequência de revelações nas redes sociais sobre a sua alegada dupla nacionalidade franco-senegalesa, foi detida durante 48 horas antes de ser libertada.

O Conselho Constitucional tinha rejeitado a candidatura de Karim Wade, antigo ministro e filho do antigo Presidente Aboulaye Wade, devido à sua dupla nacionalidade franco-senegalesa.

Após a desistência de Wardini, resta apenas uma mulher na corrida presidencial, a empresária Anta Babacar Ngom.

O Senegal entrou em crise no início de fevereiro, na sequência do adiamento das eleições presidenciais para 15 de dezembro, inicialmente previstas para 25 de fevereiro.

Este adiamento foi invalidado, na quinta-feira, pelo Conselho Constitucional que exigiu que a votação fosse realizada "o mais rapidamente possível", uma decisão que o Presidente Sall, cujo mandato de cinco anos termina em 02 de abril, se comprometeu a respeitar.

Leia Também: Senegal. Apoiantes de Faye exigem libertação do candidato presidencial

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