A agência de notícias KCNA disse que a irmã de Kim e um outro dirigente norte-coreano aceitaram no domingo o presente e que Kim Yo-jong transmitiu a Putin os agradecimentos do irmão.
Kim Yo-jong acrescentou que o presente demonstra a relação pessoal especial entre os dois líderes.
O presente poderá violar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que proíbe o fornecimento de artigos de luxo à Coreia do Norte, aprovada em 2017 com o voto a favor da Rússia.
No final de janeiro, a Coreia do Norte afirmou que o Presidente russo expressou vontade de visitar o país num futuro próximo, em resposta a um convite de Kim Jong-un.
Vladimir Putin terá comunicado a intenção à ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son-hui, durante uma visita da responsável à Rússia entre 15 e 17 de janeiro, indicou a KCNA.
A visita de Choe a Moscovo, que incluiu reuniões com o homólogo russo, Sergey Lavrov, e com o vice-primeiro-ministro, Alexander Novak, ocorreu "numa altura em que as relações de amizade e cooperação entre os dois países entraram definitivamente no curso de um novo desenvolvimento integral", afirmou ainda a agência estatal.
Um grupo de turistas russos chegou no início de fevereiro à Coreia do Norte para uma viagem de quatro dias, o primeiro grupo estrangeiro a visitar o país desde o encerramento das fronteiras devido à pandemia de covid-19.
No final de janeiro, o regime norte-coreano elogiou a "importante missão" da Rússia de servir para manter a "estabilidade estratégica" a nível global. Por sua vez, Moscovo mostrou "profundo apreço" pelo apoio "total e solidário" da Coreia do Norte à operação militar especial na Ucrânia, eufemismo de Moscovo para se referir à invasão russa do país vizinho, que começou em fevereiro de 2022.
A visita de Choe aconteceu depois de terem sido divulgadas novas provas de que a Coreia do Norte e a Rússia concordaram em cooperar militarmente durante uma cimeira de setembro entre Kim e Putin.
A Casa Branca acusou a Rússia de ter disparado recentemente mísseis balísticos de fabrico norte-coreanos contra a Ucrânia, somando-se aos já utilizados nos ataques de 30 de dezembro e 02 de janeiro. Mas Pyongyang e Moscovo negam a transferência de armamento.
Especialistas disseram acreditar que o regime norte-coreano recebeu assistência técnica russa no lançamento do primeiro satélite de reconhecimento militar em novembro passado.
A Coreia do Sul estima que o número de contentores -- com mísseis balísticos, lançadores e centenas de milhares de munições de artilharia -- transferidos desde o verão pela Coreia do Norte para a Rússia ultrapassa já os cinco mil.
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