Volodymyr Zelensky e outros responsáveis têm manifestado frequentemente frustração com a lentidão das entregas de ajuda prometidas, especialmente desde que surgiram sinais de cansaço da guerra.
Os países europeus estão a lutar para encontrar reservas de armamento suficientes para enviar para Kyiv, e a ajuda dos EUA no valor de 60 mil milhões de dólares está paralisada devido a diferenças políticas no Congresso norte-americano.
O impasse parece estar a favorecer o Presidente russo Vladimir Putin, com as forças russas a avançarem na frente de combate, noticiou a agência Associated Press (AP).
Apesar dos atrasos, mais ajuda está a caminho da Ucrânia, já que a Suécia anunciou hoje o seu maior pacote de ajuda até agora e o Canadá disse que estava a acelerar a entrega de mais de 800 'drones'.
Zelensky alertou na segunda-feira à noite, no seu discurso diário, que a Rússia reuniu tropas em alguns pontos ao longo da linha de frente de 1.500 quilómetros, aparentemente com o objetivo de atacar qualquer fraqueza defensiva que encontrem.
O governante acrescentou que as tropas ucranianas sentem profundamente a escassez de artilharia, sistemas de defesa aérea e armas de longo alcance.
As forças ucranianas retiraram-se da estratégica cidade oriental de Avdiivka durante o fim de semana, onde lutaram contra um feroz ataque russo durante quatro meses, apesar de estarem em grande desvantagem numérica e de armas.
Putin felicitou hoje o seu ministro da Defesa, Serguei Shoigu, pela captura de Avdiivka e instou-o a aproveitar a vantagem da Rússia.
Por outro lado, Oleksiy Danilov, chefe do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, disse que embora a situação no campo de batalha seja difícil, especialmente devido à falta de munições, a situação na frente oriental não é catastrófica.
"Nós lutamos e continuaremos a lutar", garantiu, ao canal de notícias Ukrainska Pravda, instando os aliados a ajudarem "com armas, munições e defesa aérea."
Os analistas preveem uma pausa nos ataques russos na área de Avdiivka. As forças do Kremlin precisarão de tempo para "descansar e reabilitar-se", de acordo com uma análise do Ministério da Defesa do Reino Unido. O Instituto para o Estudo da Guerra, um 'think tank' de Washington, também espera uma "pausa operacional" da Rússia naquela região.
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