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Presidente promete legislativas na Guiné-Bissau antes de junho

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prometeu hoje marcar novas eleições legislativas para antes da época das chuvas, que começa em junho, insistindo que as presidenciais se realizarão em novembro de 2025.

Presidente promete legislativas na Guiné-Bissau antes de junho
Notícias ao Minuto

20:21 - 21/02/24 por Lusa

Mundo Guiné-Bissau

O Presidente dissolveu o parlamento em dezembro e ainda não há data concreta para novas eleições, que disse queria "que fossem em março ou em abril", sem adiantar uma data concreta.

"Mas não é possível não organizarmos as eleições antes da época das chuvas (junho)", afirmou, à margem de uma visita ao Mercado Central de Bissau.

O chefe de Estado descartou "juntar, em simultâneo, as eleições legislativas e presidenciais", voltando a referir a data de novembro de 2025 para as presidenciais, contestada por aqueles que defendem que devem ocorrer no final de 2024, antes de terminar o atual mandato presidencial em fevereiro de 2025.

Sissoco Embaló disse que tem pronto o decreto para marcar a data das legislativas e que aguarda apenas que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) conclua a atualização dos cadernos eleitorais e proponha uma data.

O Presidente indicou, ainda, que está "a falar com a comunidade internacional para pedir ajuda financeira" para o novo ato eleitoral, resultado da dissolução do parlamento com maioria da coligação PAI- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC.

Alguns dos partidos da coligação já fizeram novas alianças, assim como o partido do Presidente da República, o MADEM- G15, que se juntou à Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do antigo primeiro-ministro Nuno Nabiam, que pediu a demissão de Conselheiro Especial do Presidente.

"Não se esqueçam que eu sou o Presidente do Madem, que tem um coordenador, mas eu é que sou o presidente do Madem de facto. Tenho uma autoridade moral no Madem, um partido que ajudei a criar", avisou hoje Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente da República lamentou "constatar" que o partido esteja "numa guerrilha interna".

"Não podem imaginar a tristeza que me vai na alma nesta altura. Eu penso que qualquer problema que tivessem, a começar pelo coordenador do Madem, enquanto Presidente da República e Presidente de honra, deviam falar comigo, ou com outros veteranos do partido", afirmou.

"Se me dissessem que o Madem, partido de Umaro Sissoco Embaló, iria chegar a este nível não ia acreditar. Constatar que o nosso maior opositor, o PAIGC, se ri de nós", acrescentou.

O chefe de Estado comentou ainda as denúncias de ataques e ameaças aos jornalistas, respondendo que "deviam ter orgulho do Presidente da República que têm".

"Ontem fui recebido pelo Presidente francês, falei com vários presidentes que me pediram para ir a Israel e Gaza. Têm que ter orgulho disso. No dia que deixar de ser Presidente é que vão saber qual é o valor de Umaro Sissoco Embalo", declarou. 

Leia Também: Conselheiro Especial do Presidente da Guiné-Bissau pede demissão

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