"Os russos devem entregar-lhe o filho", disse John Kirby, depois de a mãe do opositor russo ter acusado os dirigentes russos de a "chantagearem" para lhe fazer um funeral secreto.
Em mensagem em vídeo gravada a partir da cidade de Salekhard, no Ártico, Lyudmila Navalnaya informou hoje que lhe foi permitido ver o corpo do filho na morgue da cidade e que reafirmou na mesma ocasião a exigência para que o corpo de Navalny fosse entregue à família.
"Estão a chantagear-me, ao estabelecer as condições sobre onde, quando e como o meu filho deve ser enterrado", denunciou Lyudmila Navalnaya, dizendo que as autoridades russas querem avançar com um funeral secreto, "sem uma cerimónia de despedida".
Segundo Lyudmila Navalnaya, as autoridades já apuraram a causa da morte e "todos os documentos legais e médicos estão prontos", tendo a equipa do opositor do Kremlin (presidência russa) referido que a causa da morte está descrita como "natural".
A família de Navalny, que inclui ainda Zakhar, de 15 anos, pretende que o corpo do opositor seja entregue, tendo Lyudmila Navalnaya apresentado uma ação na quarta-feira num tribunal de Salekhard, perto da prisão onde o filho morreu.
Lyudmila Navalnaya contestou a recusa das autoridades em libertar o corpo, segundo a agência de notícias estatal russa TASS, que acrescentou que uma audiência, à porta fechada, foi marcada para o próximo dia 04 de março.
As tentativas para recuperar o corpo começaram no dia após a morte do seu filho, altura em que era desconhecido o paradeiro do corpo.
Alexei Navalny morreu aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam Vladimir Putin pela sua morte.
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