As restrições tinham sido impostas devido a problemas de segurança, segundo as autoridades guineenses.
As limitações foram levantadas no momento em que se vive uma tensão social crescente e após o anúncio, na segunda-feira, da dissolução do Governo pela junta militar que está no poder há dois anos e meio.
A par de outras restrições, como a retirada de canais de televisão dos principais pacotes de distribuição e a interferência nas frequências de rádio, estas medidas provocaram manifestações de indignação, nomeadamente de jornalistas.
Na terça-feira, a Justiça guineense condenou a seis meses de prisão o dirigente de um sindicato da imprensa, detido por ter apelado a manifestações contra a censura de certos meios de comunicação social e da internet. O veredito é esperado hoje.
Todas as manifestações são proibidas desde 2022 na Guiné-Conacri, onde os militares tomaram o poder pela força em setembro de 2021, derrubando então o Presidente eleito, Alpha Condé, que procurava obter um terceiro mandato.
O súbito restabelecimento do acesso à internet foi uma surpresa na Guiné-Conacri, país vizinho da Guiné-Bissau, e suscitou imediatamente numerosos comentários nas redes sociais.
"Os maiores inimigos deste país são os nossos governantes, especialmente esta equipa de transição. Estão agora a tentar redimir-se, fingindo que apenas alguns membros da equipa (governamental) demitida são responsáveis pela restrição da Internet nos últimos três meses", escreveu um deles.
Outro observou que o levantamento das restrições era uma das exigências dos sindicatos, que anunciaram uma greve geral e ilimitada a partir de segunda-feira. "Esta é mais uma prova de que os nossos dirigentes apenas compreendem o equilíbrio de poderes", afirmou.
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