As declarações do ministro foram feitas depois de os relatores e peritos da ONU terem pedido um embargo de armas a Israel devido ao elevado número de vítimas civis na guerra na Faixa de Gaza.
"Desde o massacre de 7 de outubro, a ONU tem cooperado com os terroristas do Hamas e está a tentar minar o direito de Israel a defender-se a si próprio e aos seus cidadãos de uma organização terrorista assassina que exige a destruição de Israel", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, na sua conta na rede social X.
Trinta e sete membros de grupos de peritos e relatores da ONU afirmaram na sexta-feira que a exportação de armas para Israel por parte de outros países deve ser "interrompida imediatamente", uma vez que qualquer transferência de armas pode violar o direito internacional humanitário na atual ofensiva em Gaza.
"É uma mancha que não pode ser apagada da ONU enquanto organização e da vida pessoal do secretário-geral António Guterres", acrescentou Katz.
O ministério afirmou que os pedidos de embargo de armas são "apelos ao apoio" ao Hamas e que o pedido de cessação da partilha de informações com Israel "impedirá o regresso dos reféns a casa", enquanto os pedidos dos relatores e peritos da ONU foram descritos como "obsessão anti-israelita" e "posições tendenciosas".
Os signatários incluem a relatora da ONU para os Territórios Palestinianos, Francesca Albanese, que foi recentemente proibida de entrar em Israel, e os seus homólogos para a proteção dos direitos humanos na luta contra o terrorismo (Ben Saul) e contra o racismo e a xenofobia (Ashwini K.P.).
Os signatários elogiaram países como a Espanha, a Bélgica, os Países Baixos, a Itália e empresas como a japonesa Itochu, que suspenderam as suas transferências de armas para Israel, bem como a UE, que recomendou a não exportação de armas para o país.
Por outro lado, os signatários referem que os EUA e a Alemanha são, de longe, os principais exportadores de armas para Israel, com um aumento de vendas desde o início da guerra, e citam outros importantes fornecedores do exército israelita, como a França, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália.
"A decisão do Tribunal Internacional de Justiça de 26 de janeiro, que apontou para um risco plausível de genocídio em Gaza, aumenta a necessidade de um embargo de armas contra Israel", afirmaram.
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