O juiz Arthur Engoron, do Supremo Tribunal de Manhattan, também limitou a capacidade do ex-presidente de fazer negócios no estado de Nova Iorque pelos nos três anos, após um julgamento civil que durou pouco mais de dois meses e que terminou em janeiro.
Os advogados de Trump - que insiste que não fez nada de errado -- pediram hoje a um tribunal de recurso que anule o veredicto de Engoron e decida se o juiz "cometeu erros de direito e/ou de facto" e se abusou do seu poder discricionário e/ou de jurisdição".
A multa aplicada por Engoron divide-se em várias acusações contra Trump e contra as suas empresas, num valor conjunto de 355 milhões de dólares (cerca de 330 milhões de euros), a que se acrescentam multas aos seus dois filhos mais velhos (quatro milhões de dólares, cerca de 3,6 milhões de euros, a cada um), e a um ex-executivo da empresa (um milhão de dólares, cerca de 920 mil euros).
Engoron já os tinha declarado responsáveis por fraude numa decisão sumária, antes do início do julgamento civil.
A Procuradoria-Geral do Estado acusou Trump, os seus dois filhos mais velhos e dois ex-funcionários de inflacionarem os ativos da empresa ao longo de anos para obter melhores condições de empréstimos e outros benefícios financeiros.
A acusação também pedia que Trump, na sua qualidade de investidor imobiliário, ficasse proibido de fazer negócios imobiliários em Nova Iorque para o resto da vida ou de dirigir ou ser diretor de qualquer empresa.
O recurso do ex-presidente - que procura a nomeação do seu Partido Republicano na tentativa de regressar à Casa Branca, nas eleições de novembro próximo -- era esperada após Trump ter feito críticas violentas ao juiz, a quem acusa de ter motivações políticas.
Se este tribunal de recurso intermédio confirmar a decisão de Engoron, Trump poderá recorrer para o Tribunal de Recursos de Nova Iorque, o mais alto fórum judicial deste estado da costa leste dos EUA.
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