Dois cidadãos russos suspeitos de espionagem para os serviços secretos estrangeiros de Moscovo, na Rússia, foram proibidos de entrar nos estados membros da União Europeia durante cinco anos, anunciou a agência búlgara para a segurança nacional.
A autoridade afirmou, em comunicado, a que a Associated Press teve acesso, que Vladimir Nikolayevich Gorochkin, de 39 anos, e Tatiana Anatolievna Gorochkina, de 37 anos, tinham vivido na Bulgária sem ser detetados até recentemente sob os pseudónimos Denis Rashkov e Diana Rashkova.
A nota indicava ainda que o casal já não se encontrava na Bulgária, mas não referia quando tinha deixado o país, nem onde se pensava que se encontrava atualmente.
De acordo com a agência, os russos faziam parte de uma operação orquestrada pelo Serviço de Informações Externas de Moscovo, com o objetivo de se infiltrarem em países estrangeiros com identidades falsas.
A sua missão no país membro da UE era, alegadamente, obter documentos de identidade búlgaros autênticos e dados biográficos credíveis que confirmassem a sua autenticidade, que poderiam depois utilizar para levar a cabo atividades de informação fora da Bulgária.
De recordar que em setembro passado, cinco búlgaros residentes no Reino Unido foram acusados de espionagem a favor da Rússia. Os três homens e as duas mulheres foram acusados de "conspirar para recolher informações destinadas a ser direta ou indiretamente úteis a um inimigo", nomeadamente a Rússia, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2023.
Em 2022, a Bulgária expulsou 70 funcionários diplomáticos russos, numa ação que veio a afetar seriamente as relações diplomáticas entre os dois países, que foram aliados próximos durante o período comunista. Foi o maior número de sempre de diplomatas russos expulsos pela Bulgária, membro da União Europeia e da NATO.
A Bulgária tem apoiado fortemente as sanções do Ocidente contra Moscovo desde que a Rússia lançou a sua guerra contra a Ucrânia.
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