"Biden pratica a hipocrisia política e participa na morte de palestinianos", disse Osama Hamdan, um membro sénior da ala política do Hamas, citado pelo diário Filastin, ligado ao grupo islamita.
Hamdan disse que a fuga de informação sobre os pormenores da proposta de acordo tinha como objetivo "criar fraqueza entre os palestinianos".
"O projeto dos Estados Unidos visa salvar a face de Israel" e dar mais tempo ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "para preparar um novo ataque" contra a Faixa de Gaza.
Hamdan disse que a divulgação da proposta "é um caso de propaganda que não atinge o que o Hamas procura".
"A prioridade é parar a agressão [israelita], acabar com o cerco e entregar ajuda, enquanto a troca de prisioneiros virá mais tarde", referiu, segundo a agência espanhola Europa Press.
Fontes citadas pela rede de televisão do Qatar Al Jazeera disseram na segunda-feira que o acordo incluiria uma trégua de seis semanas em Gaza.
A trégua seria acompanhada pela libertação de 40 reféns israelitas, bem como a libertação de cerca de 400 prisioneiros palestinianos.
Segundo as mesmas fontes, Israel teria concordado com o regresso gradual ao norte de Gaza dos palestinianos deslocados pela ofensiva militar, excluindo os que têm idade militar, bem como com a entrada de mais ajuda humanitária.
A atual guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do grupo extremista em 07 de fevereiro contra território israelita, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
A resposta israelita, com uma ofensiva por mar, ar e terra, matou mais de 29.800 pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com o Hamas, que controla o pequeno enclave desde 2007.
Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.
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