Biden pede ao Congresso ajuda para Ucrânia e Israel e fundos para Governo

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu hoje ao Congresso para aprovar uma nova ajuda à Ucrânia e para Israel, bem como para evitar uma iminente paralisação do Governo, alertando para o custo de não libertar os fundos.

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© ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images

Lusa
27/02/2024 18:17 ‧ 27/02/2024 por Lusa

Mundo

EUA

"No que diz respeito à Ucrânia, penso que a necessidade é urgente", defendeu o Presidente norte-americano, a partir da Sala Oval da Casa Branca, onde recebeu hoje os responsáveis dos dois partidos na Câmara de Representantes e no Senado, tendo estado presente também a vice-Presidente, Kamala Harris.

Biden argumentou que "as consequências da inação na Ucrânia serão terríveis".

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, explicou que Biden convidou os líderes para a reunião do Salão Oval porque quer garantir que os interesses de segurança nacional dos EUA serão "colocados em primeiro lugar".

Os republicanos na Câmara de Representantes têm recusado aprovar um pacote de segurança nacional, no valor de 95 mil milhões de dólares (cerca de 88 mil milhões de euros) que reforça a ajuda à Ucrânia, a Israel e ao Indo-Pacífico.

Esta medida fora aprovada pelo Senado numa votação bipartidária realizada ainda este mês, mas o líder da maioria republicana na Câmara, Mike Johnson, resistiu a agendá-la para votação.

O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Bill Burns, também participou na reunião de hoje, sabendo-se que desempenhou um papel importante na coordenação da resposta dos EUA à invasão russa da Ucrânia, bem como nos esforços para garantir a libertação de reféns detidos pelo Hamas após o ataque de 07 de outubro em território israelita.

Além do pacote de segurança nacional, o financiamento governamental para agricultura, transporte, construção militar e alguns serviços para veteranos expira na sexta-feira.

Por outro lado, o financiamento para os restantes departamentos governamentais - incluindo o Pentágono, o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Estado - expira uma semana depois, em 08 de março, um dia depois de Biden ter proferido o seu discurso sobre o Estado da União.

"É responsabilidade do Congresso financiar o Governo. (...) Uma paralisação do Governo prejudicaria significativamente a economia. Precisamos de uma solução bipartidária", argumentou o líder norte-americano.

Os dois principais líderes do Senado também pediram que o Governo se mantivesse em funcionamento, concordando com os argumentos de Biden.

Alguns departamentos do Governo podem começar a reduzir as operações já na sexta-feira, a menos que seja alcançado um acordo sobre os gastos e a legislação seja enviada a Biden para sua assinatura.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, disse - durante um discurso no plenário do Congresso, antes da reunião na Casa Branca - que esperava que este encontro fosse uma "discussão importante, oportuna e frutífera" e pediu aos republicanos para ignorarem as exigências colocadas pela linha conservadora do partido, especialmente aqueles fiéis ao ex-Presidente Donald Trump, que têm exigido uma postura mais dura contra as intenções da Casa Branca.

"A Ucrânia tem poucas munições, sistemas de defesa antiaérea, munições e artilharia de longo alcance. Esta escassez está a criar assimetria no campo de batalha. A Rússia pode disparar e eliminar alvos ucranianos, mas a Ucrânia, cada vez mais, não consegue responder", argumentou Schumer.

Leia Também: EUA. Biden testa no Michigan impacto de apoio a Israel nos eleitores

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