O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak reagiu, esta quinta-feira, ao discurso do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o Estado da Nação, considerando que, após a ameaça da "utilização de armas nucleares", a Europa "tem apenas duas opções": acelerar a ajuda à Ucrânia ou continuar conversas sobre "pacificar a criatura".
"A Federação Russa está claramente a expandir a guerra. Provocações, preparação de ataque em diferentes direções, acumulação de recursos militarizados e… 'ameaça nuclear'", começou por referir numa publicação na rede social X.
"Nada está a mudar e não vai mudar... Por conseguinte, a Europa, os países democráticos, têm apenas duas opções", acrescentou.
A primeira opção passa por "acelerar a assistência à Ucrânia para infligir uma derrota e minimizar os danos sofridos pela Federação Russa". Já a segunda opção prende-se com "continuar longas conversas, dúvidas, pensar em 'pacificar a criatura' e, no final, entrar pessoalmente em confronto com o exército russo nos seus próprios territórios".
O conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky referiu que o exército russo, que "já provou abundantemente o sangue humano", "está a crescer a proporções bíblicas e não faz outra coisa senão roubar, violar, matar".
"É crucial perceber que esta escolha não é teórica, nem um dia no futuro, nem condicional. Mas apenas aqui e agora", atirou.
Rf is clearly expanding the war. Provocations, preparation for attacks in different directions, building up of militarized resources and... endless "nuclear threat". Nothing is changing and will not change... As a consequence, Europe, the countries of democracy, have only two…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) February 29, 2024
O presidente russo discursou hoje perante a Assembleia Federal da Rússia, onde afirmou que a aliança transatlântica NATO "está a preparar-se para atacar" o território russo e irá utilizar "as forças melhores e mais eficazes para o fazer".
"Mas lembramo-nos do destino daqueles que tentaram invadir o nosso território e é claro que o seu destino será muito mais trágico do que qualquer coisa que possamos enfrentar", atirou.
"Eles têm de compreender que nós também temos armas. Armas que os podem derrotar no seu próprio território e, claro, tudo isto é muito perigoso porque pode efetivamente desencadear a utilização de armas nucleares. Será que eles não compreendem isso?", questionou, acrescentando que "as forças nucleares estratégicas estão em estado de prontidão".
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