"O GUR confirma que a ponte ferroviária sobre o rio Tchapaievka, na região russa de Samara, ficou inutilizável", indicou a mesma fonte, precisando que a ponte foi danificada pelas 6:00 (hora local, 2:00 em Lisboa), pela "explosão" de parte da sua estrutura.
"Esta linha ferroviária era utilizada pelo Estado agressor para transportar material militar, designadamente explosivos produzidos na fábrica Polimer na cidade de Tchapaievsk", prosseguiu o GUR em comunicado, ao considerar que a ponte ficará inutilizada "durante um longo período".
Por sua vez, os serviços secretos russos (FSB) na região de Samara, citados pela agência noticiosa russa Ria Novosti, anunciaram a abertura de um inquérito por "sabotagem" em "grupo organizado".
O FSB acrescentou que "a ponte foi inspecionada e a linha foi considerada como não danificada e utilizável". "O tráfego ferroviário foi restabelecido", assegurou ainda.
Previamente, a sociedade regional dos caminhos-de-ferro indicou que o incidente não provocou feridos e resultou da "intervenção de pessoas não-autorizadas", a fórmula utilizada pelas autoridades russas neste género de situações.
"Um engenho explosivo danificou um pilar da ponte ferroviária" sobre o rio Tchapaievka, num troço que liga a localidade de Zvezda a Tchapaievsk, referiu por sua vez uma fonte dos serviços de emergência citados pela agência oficial russa TASS.
O engenho explosivo terá sido colocado num dos apoios da via-férrea no distrito de Chapevsk. O Medusa, um portal independente de notícias russo, assegurou que a ponte era utilizada para transportar munições e também assinalou que os pilares da estrutura não registaram danos significativos.
Numerosas sabotagens em vias férreas na Rússia, em particular descarrilamentos de comboios, têm sido assinaladas desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Kiev reivindicou diversos destes incidentes.
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