México. 23 candidatos pediram proteção ao Governo contra violência

Vinte e três candidatos eleitorais mexicanos, incluindo os três concorrentes à Presidência, pediram proteção ao Governo perante o risco de violência, indicou hoje a secretária de Segurança e Proteção ao Cidadão, Rosa Icela Rodríguez.

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Lusa
05/03/2024 16:18 ‧ 05/03/2024 por Lusa

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"Atualmente, temos 23 pedidos de proteção, três dos quais concorrem à Presidência da República pelas coligações Continuemos a Fazer História (Claudia Sheinbaum), Força e Coração (Xóchitl Gálvez) e Movimento Cidadão (Jorge Álvarez Máynez), que já contam com proteção", precisou Rodríguez.

Os dados apresentados pela responsável na conferência matinal do Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, relativos ao período que antecede as eleições de 02 de junho, mostram que 19 dos pedidos foram da oposição e apenas quatro foram de partidos aliados do Governo.

Além dos candidatos presidenciais, pediram proteção três candidatos a governos estaduais, sete candidatos ao Senado e dez candidatos a deputados.

A secretária de Segurança e Proteção ao Cidadão sublinhou que o Governo "está empenhado em garantir que o processo eleitoral de 2024 decorre de forma pacífica".

"É essa a nossa responsabilidade. Por isso, apresentamos um plano para que todos os candidatos e candidatas que o solicitem contem com proteção e segurança e tenham a certeza de que poderão efetuar as suas campanhas com o acompanhamento do Governo e de que haverá pessoal para os proteger", afirmou.

Embora as campanhas oficiais tenham começado na passada sexta-feira, a empresa de consultoria Data Int revelou na segunda-feira que, desde o início deste ano, foram assassinadas 20 pessoas candidatas a cargos de eleição popular, de um total de 76 pessoas "potencialmente ligadas ao processo" eleitoral que foram mortas.

Segundo este balanço, a cerca de três meses das eleições, o número de assassínios já é 20% superior ao registado nas eleições de 2021.

Para terem proteção, os candidatos devem apresentar o pedido ao Instituto Nacional Eleitoral (INE), que o encaminha para a Secretaria de Segurança e Proteção ao Cidadão (SSPC), o Exército e a Guarda Nacional, explicou Rodríguez.

Se o nível de risco for elevado, o candidato recebe uma escolta de dez elementos com quatro veículos; se for médio, são oito efetivos em três veículos; e se for baixo, são dois agentes e uma viatura, precisou a responsável.

"O Governo do México está a aguardar os pedidos para que sejam imediatamente atendidos e todo o processo se desenrole pacificamente", indicou.

O mais recente assassínio político foi, no fim de semana passado, o de Alfredo González Díaz, candidato do Partido do Trabalho (PT) à presidência da câmara de Atoyac de Alvarez, município do estado meridional de Guerrero.

A secretária de Segurança e Proteção ao Cidadão vincou ainda que "os governos estaduais e municipais têm como responsabilidade a segurança de quem concorre a cargos de eleição popular de caráter local".

Leia Também: Campanha presidencial no México arranca com foco na segurança do país

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