Gaza. Organização islâmica adverte países de "cumplicidade com genocídio"

A Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) advertiu hoje os países que mantêm "cumplicidade com o genocídio" na Faixa de Gaza para graves consequências diplomáticas e políticas.

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© Mahmud Hams/AFP via Getty Images

Lusa
05/03/2024 22:38 ‧ 05/03/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Na mesma altura pediu à comunidade internacional para aumentar o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

"Temos de confrontar os países que continuam a armar e a proteger esta agressão. Estes governos precisam de uma mensagem forte e inequívoca de todos os países membros da OCI de que a cumplicidade com o genocídio e a sua duplicidade moral terão graves consequências diplomáticas, políticas e económicas", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riad Al Maliki, durante uma reunião extraordinária da OCI.

A reunião, que se realizou hoje na cidade saudita de Jedá, juntou o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 57 países de maioria muçulmana que compõem a OCI e trouxe para a mesa a deterioração cada vez mais palpável da situação do povo palestiniano na Faixa de Gaza.

"Não podemos nem devemos ficar parados a ver o sistema internacional desmoronar-se para dar cobertura e proteção à guerra de genocídio de Israel", disse Al-Maliki, que afirmou que "estes países cúmplices do genocídio têm de compreender que os seus interesses no mundo islâmico estão em risco".

O responsável apelou a todos os membros da OCI para que "coordenem estas medidas (que não especificou) para alargar a dimensão das consequências diplomáticas e financeiras" contra os países que, de alguma forma, oferecem qualquer tipo de apoio a Israel.

"O genocídio que sofre o povo palestiniano não é apenas uma crise para ele ou para a nação islâmica, mas sim para toda a humanidade", acrescentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, também interveio na sessão, afirmando que "já é tempo de reconhecer o Estado palestiniano, com Jerusalém Oriental como capital", e que toda a comunidade internacional deve proteger os civis em Gaza.

E criticou que precisamente a comunidade internacional continua a ser "impotente para travar o massacre na Faixa de Gaza", tendo de assumir "a sua responsabilidade de proteger os civis e impedir as deslocações forçadas em Gaza".

O secretário-geral da OCI, Hissein Brahim Taha, voltou a apelar a todos os países para que aumentem o financiamento da UNRWA para que esta possa continuar o seu trabalho humanitário no enclave palestiniano.

Leia Também: Tréguas "nas mãos do Hamas". "Não há desculpa" para impedir ajuda a Gaza

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