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Netanyahu promete perseguir Hamas "em todos os cantos de Gaza"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assegurou hoje que a ofensiva militar na Faixa de Gaza prosseguirá até à "vitória total" e implicará perseguir os membros do movimento islamita palestiniano Hamas "em todos os cantos" do enclave, "incluindo Rafah".

Netanyahu promete perseguir Hamas "em todos os cantos de Gaza"
Notícias ao Minuto

18:01 - 07/03/24 por Lusa

Mundo Israel

Na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, está concentrado mais de um milhão de pessoas, a maioria das quais deslocadas pela guerra iniciada há cinco meses por Israel em retaliação ao ataque do Hamas a território israelita. A ONU já advertiu de que uma ofensiva em grande escala naquela zona terá consequências devastadoras.

Netanyahu, que falava numa escola de cadetes no sul de Israel, argumentou que o país trava "uma guerra existencial" e que "tem de ganhá-la", pelo que não descarta entrar no que descreveu como "o último bastião do Hamas", independentemente das críticas internacionais.

"Aqueles que nos dizem que não atuemos em Rafah estão a dizer-nos que percamos a guerra, e isso não vai acontecer", sublinhou.

Segundo o chefe do executivo israelita, os Governos internacionais deveriam entender que "derrotar os assassinos" do 07 de outubro significa "impedir o próximo 11 de Setembro", noticiou o diário The Times of Israel.

A 07 de outubro do ano passado, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 153.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 30.800 mortos, pelo menos 72.298 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 400 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 6.650 detenções.

Leia Também: Netanyahu considerado "pessoalmente responsável" por debandada mortal

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