Pelo menos 150 alunos de escola primária raptados na Nigéria

Pelo menos 150 alunos de uma escola primária foram raptados hoje por indivíduos armados numa cidade do estado de Kaduna, no centro-norte da Nigéria, disse à agência EFE fonte policial.

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Lusa
07/03/2024 18:23 ‧ 07/03/2024 por Lusa

Mundo

Nigéria

O ataque ocorreu nas primeiras horas da manhã na escola primária da Autoridade de Educação Local em Kuriga, especificou a fonte.

"[Os atacantes] entraram na escola aos tiros e depois levaram os alunos para a floresta", acrescentou a fonte policial à EFE, por telefone, sob condição de anonimato, sem atribuir a responsabilidade a nenhum grupo armado em particular.

Efetivos policiais estão na zona para um possível resgate dos reféns, adiantou, acrescentando que entre os raptados poderia haver também "membros do pessoal" da escola.

O porta-voz da polícia de Kaduna, Mansur Hassan, confirmou o ataque, mas não deu pormenores.

"Os nossos homens estão no encalço dos criminosos para os apanhar e resgatar as vítimas", afirmou Hassan à EFE.

Um morador local, Jubrilla Isah, também confirmou o incidente, referindo que os atacantes eram cerca de 100.

"Há medo por todo o lado. As pessoas estão a abandonar Kuriga em massa, com medo de novos ataques. Os bandidos não contactaram ninguém para pedir um resgate", acrescentou.

Os meios de comunicação social locais, citando também os residentes como fonte, estimam em mais de 200 o número de raptados, um número a que a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) reagiu, condenando "o rapto hediondo de 200 estudantes".

"Apelamos às autoridades nigerianas para que resgatem os estudantes em segurança e responsabilizem os alegados autores", exigiu a secção nigeriana da AI numa mensagem publicada nas redes sociais.

Alguns estados da Nigéria - especialmente nas regiões central e noroeste do país - estão a ser atacados incessantemente por "bandidos", o termo utilizado no país para descrever os grupos criminosos que cometem assaltos em massa e raptos a troco de enormes resgates.

Os ataques são recorrentes, apesar das repetidas promessas de pôr termo à violência feitas pelo Governo nigeriano, que reforçou o destacamento de forças de segurança.

Esta insegurança é agravada, desde 2009, pela atividade do grupo fundamentalista islâmico Boko Haram no nordeste do país e, desde 2016, também pela sua ramificação, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês).

Leia Também: Nigéria promete à Rússia manter cooperação incluindo na esfera militar

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