Rússia afirma ter tomado localidade de Nevelske no leste da Ucrânia
A Rússia reivindicou hoje a captura de uma localidade no leste da Ucrânia, perto da cidade de Donetsk sob controlo das forças russófonas, um dia após o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurar que foi "travado" o avanço russo.
perto de Donetsk
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
“Na direção de Donetsk, as unidades do agrupamento das forças sul libertaram a localidade de Nevelske e ocuparam linhas e posições mais adequadas”, indicou o Ministério da Defesa Russo no seu relatório diário.
A cadeia Telegram DeepState, próxima das Forças Armadas Ucranianas e seguida por mais de 680.000 pessoas, indicou na noite de segunda-feira que o “inimigo avançava perto de Nevelske”.
Desde há semanas que as forças russas avançaram no leste da Ucrânia, uma operação que se acelerou após a queda da cidade-fortaleza de Avdiivka, que as tropas russas conquistaram em meados de fevereiro.
O anúncio da queda de Nevelske surgiu um dia após Zelensky ter assegurado em entrevista à 'media' francesa que "o avanço da Rússia foi travado" no leste e que a situação atual na frente é "bem melhor" que a verificada há três meses.
A Ucrânia anunciou a construção de centenas de quilómetros de fortificações defensivas para sustentar a progressão russa, mas já foram emitidas críticas sobre a sua debilidade ou ausência em certas zonas.
No outono passado, Zelensky tentou a construção de novas fortificações para enfrentar os ataques da Rússia, que recuperou a iniciativa na frente de combate após o fracasso da explosão militar ucraniana iniciada no verão de 2023.
Em janeiro, o primeiro-ministro, Denis Shmyhal, anunciou uma verba de cerca de 500 milhões de dólares (457 milhões de euros) para a construção das fortificações.
Na ocasião, vários meios de comunicação e peritos ucranianos consideraram posteriormente a decisão das autoridades de reforçar as fortificações, pelo facto de a Rússia ter iniciado há mais de um ano a fortificação das suas linhas defensivas.
A operação militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou na Europa naquela que é considerada uma crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia forneceram armas a Kyiv e aprovaram sucessivos pacotes de análises contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra.
Leia Também: Voluntários russos pró-Kyiv reivindicam controlo de aldeia na Rússia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com