Foi descoberta, durante um controlo rotineiro arqueológico às obras de construção de um lar de idosos, em Nuremberga, na Alemanha, uma fossa comum que se acredita que terá albergado milhares de corpos de pessoas vítimas da peste negra.
Acredita-se que esta possa ter sido a maior fossa comum da Europa para as vítimas da doença. No distrito de St. Johannis, no norte da cidade, foram encontrados 800 restos mortais e os corpos continuam a aparecer, escreve o ABC.
A descoberta foi feita em agosto passado e desde outubro uma empresa especializada está a trabalhar no local.
#7Mar | Un grupo de arqueólogos halló una fosa común con más de 1.000 esqueletos en el centro de la ciudad de Nuremberg, Alemania. Los expertos indicaron que, probablemente, se trate de víctimas de una peste.
— El Diario (@eldiario) March 7, 2024
Melanie Langbein, del Departamento de Conservación del Patrimonio de… pic.twitter.com/7g0cvBWGHs
Langbein descreveu que "alguns corpos foram simplesmente atirados para o poço", que data de 1632 e 1633. Nessa altura, houve uma grave vaga de peste negra em Nuremberga, na qual morreram cerca de 15.000 pessoas em apenas dois anos. Enquanto alguns cadáveres foram embrulhados em panos, outros terão sido, aparentemente, atirados de carroças às dezenas.
O Presidente da Câmara, Marcus König, sublinhou o significado histórico da descoberta. Os enterros "contêm os restos mortais de crianças e idosos, homens e mulheres; a morte por peste não tem em conta o género, a idade ou o estatuto social", disse, acrescentando que os corpos pertencem a pessoas que viviam na cidade e, como tal, "devemos preservar os seus restos para as gerações futuras com todo o respeito".
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