Joe Biden e Donald Trump garantiram, na terça-feira, as suas nomeações para as presidenciais norte-americanas.
A confirmação de que ambos vão disputar um lugar na Casa Branca surge depois de terem conseguido atingir o número de delegados necessários. De acordo com as publicações internacionais, o ex-presidente, Donald Trump, garantiu o seu lugar na corrida ao conseguir arrecadar 1.228 delegados, ultrapassando os 1.215 necessários. Os republicanos realizaram as primárias de terça-feira nos estados do Mississípi, Geórgia e Washington
Já Joe Biden, o atual presidente, conseguiu também chegar aos 2.015 delegados, ultrapassando os 1.968 necessários. Os democratas realizaram as primárias nos mesmos três estados do que os republicanos, e também nas Ilhas Marianas do Norte.
Com o número de delegados suficientes, a disputa de 2020 vai repetir-se e o frente-a-frente entre Biden e Trump vai realizar-se em novembro, quando são as presidenciais. A imprensa internacional adianta ainda que as nomeações serão oficializadas no verão.
Em relação ao estado da Geórgia é importante referir que este foi um campo de batalha crucial em 2020, tão disputado que Trump está mesmo indiciado judicialmente por ter alegadamente pressionado para que fossem “encontrados 11.780 votos” para anular a vitória de Biden. Nos últimos anos, a região tem sido um dos principais estados indecisos.
O que dizem os candidatos?
Enquanto o atual presidente, Biden, referiu em comunicado que é uma honra tornar-se o candidato do seu partido, avisou também que "a liberdade e democracia" estão em risco e que Trump é uma ameaça para o país. "Os eleitores têm agora uma escolha a fazer sobre o futuro do nosso país", referiu.
Já Trump publicou também um vídeo na sua rede social, onde referiu que o partido tem agora de "trabalhar para vencer Joe Biden". Sublinhando a eleição de novembro, Trump disse ainda que estas serão as "eleições mais importantes de sempre".
JUST IN -- President Trump is the official 2024 Republican nominee for president:
— Citizen Free Press (@CitizenFreePres) March 13, 2024
"It's a great day of victory." pic.twitter.com/qzg4y0Z307
O antigo presidente Donald Trump advogou, na segunda-feira, que se fosse eleito nas presidenciais iria perdoar as pessoas que foram acusadas de realizarem o ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021. Numa publicação na sua rede social, o Truth Social, na noite de segunda-feira, referiu-se a estas pessoas como “reféns”.
"Os meus primeiros atos como próximo presidente serão fechar a fronteira e libertar reféns injustamente detidos a 6 de janeiro", escreveu Trump. Esta publicação é o mais próximo que Trump chegou de dizer que perdoar estes manifestantes é uma prioridade.
De recordar que a 6 de janeiro de 2021, cerca de 10 mil pessoas, na maioria apoiantes de Trump, deslocaram-se até o Capitólio. Cerca de 2.500 invadiram o edifício e centenas entraram em confrontos com as forças de segurança. Mais de 770 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com os distúrbios. Mais de 250 delas declararam-se culpadas, principalmente por infrações, e mais de 140 deles foram sentenciados.
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