Os diplomatas manifestaram um comportamento "incompatível com o seu estatuto diplomático", considerou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros austríaco, sem acrescentar mais explicações. Os dois russos têm um prazo até 19 de março para abandonar o país.
A embaixada russa em Viena declarou-se "indignada" pela decisão "puramente política" da Áustria, e assegurou não ter recebido "o mínimo indício de prova".
"Sem dúvida que vai registar-se uma resposta firme de Moscovo", acrescentou a embaixada na rede social Telegram, acusando Viena de ser responsável "por nova degradação das relações bilaterais".
Antes da guerra na Ucrânia eram raras as expulsões de diplomatas russos na Áustria, um país com nove milhões de habitantes, com uma política externa neutral e que mantinha estreitas relações com Moscovo.
Em fevereiro de 2023 a Áustria tinha já expulsado quatro diplomatas russos, dois deles acreditados junto da ONU em Viena. A Rússia retaliou com a expulsão de quatro diplomatas austríacos.
Em abril de 2022 Viena também expulsou outros quatro diplomatas, numa ação concertada com a União Europeia após a descoberta de corpos de civis em Butcha, nos arredores de Kiev. Em abril de 2020 um diplomata russo acusado de espionagem também foi forçado a deixar território austríaco.
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