Em comunicado, além de condenar os esforços russos relacionados com a votação hoje iniciada, Guterres recordou "que a tentativa de anexação ilegal de regiões da Ucrânia não tem validade perante o direito internacional".
"As Nações Unidas continuam firmemente empenhadas na soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, conforme as resoluções relevantes da Assembleia-Geral", conclui a nota divulgada pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.
A Rússia realiza entre hoje e domingo eleições presidenciais, nas quais é esperada a recondução do atual chefe de Estado, Vladimir Putin, para um quinto mandato presidencial até 2030, face à ausência de oposição independente, controlo de informação e o espetro da manipulação.
Segundo a Comissão Eleitoral Central, 112,3 milhões de eleitores são chamados a votar nos próximos três dias na Rússia e também nas regiões ocupadas na Ucrânia e na península ucraniana da Crimeia anexada, a que se somam 1,9 milhões no estrangeiro.
As autoridades ucranianas e os seus parceiros ocidentais de Kiev denunciam a realização do ato eleitoral nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporijia, Lugansk e Donetsk, parcialmente ocupadas no decurso da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, bem como na Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, avisando que é ilegal e nãos será reconhecido.
Desde o início da ofensiva russa contra o país vizinho, em fevereiro de 2022, as autoridades de Moscovo têm afirmado regularmente que prendem cidadãos russos que trabalham para as forças ucranianas.
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