Erdogan felicita Putin e volta a oferecer mediação para guerra na Ucrânia

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, felicitou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, pela reeleição nas presidenciais realizadas no último fim de semana e voltou a oferecer-se para mediar o conflito com a Ucrânia, anunciou a Presidência turca.

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Lusa
18/03/2024 19:36 ‧ 18/03/2024 por Lusa

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Rússia/Eleições

"O Presidente Erdogan avaliou que o desenvolvimento positivo das relações entre a Turquia e a Rússia irá continuar e disse que a Turquia estava pronta para desempenhar um papel facilitador ao trazê-la [Rússia] para a mesa de negociações com a Ucrânia", indicou a Presidência turca em comunicado de imprensa, reproduzindo o conteúdo de um telefonema entre os dois líderes.

O chefe de Estado turco, que mantém relações tanto com Kiev como com Moscovo desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, ofereceu-se em diversas ocasiões para mediar uma saída negociada do conflito entre os dois países, que fazem fronteira no Mar Negro com a Turquia.

Erdogan recebeu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Istambul no início do mês e espera-se também para breve um encontro com Putin.

Na ocasião, Zelensky reconheceu capacidades de mediação a Erdogan, mas Kiev tem afirmado repetidamente que a sua fórmula de paz não contempla nesta fase conversações diretas com Moscovo.

O Presidente russo obteve o seu quinto mandato como Presidente russo com mais de 87% dos votos, um nível recorde nas eleições presidenciais, indicou hoje a Comissão Eleitoral Central.

As eleições prolongaram-se por três dias, entre sexta-feira e domingo, sob críticas da oposição, denúncias de um clima de intimidação e a ausência de observação eleitoral independente, numa votação em que apenas foram autorizadas a concorrer outras três candidaturas, classificadas amigáveis em relação Kremlin.

Sob forte condenação dos países ocidentais, Putin assegurou um novo mandato até 2030, numa eleição que foi alargada a territórios ucranianos que a comunidade internacional não reconhece que pertençam a Moscovo: a península da Crimeia, anexada em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, parcialmente ocupadas pelas forças russas desde a invasão iniciada em fevereiro de 2022.

Embora tenha garantido publicamente que não o faria, Putin alterou a Constituição em 2020 para permitir a sua reeleição, o que poderá fazer novamente dentro de seis anos e, assim, permanecer no Kremlin até 2036.

Vladimir Putin, que está no poder desde 2000, também ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.

Leia Também: EUA denunciam "processo incrivelmente antidemocrático" na Rússia

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