Em relatório divulgado na segunda-feira, Dunja Mijatovic saúda "as medidas tomadas pelo governo federal", em particular "para reformar o sistema de proteção social, torná-lo mais acessível, aumentar as prestações da segurança social e oferecer mais possibilidades de formação aos desempregados".
Mas, na sua opinião, "esforços suplementares" são "necessários para litar contra as desigualdades crescentes" em um país onde "os níveis elevadas de pobreza e de exclusão social (...) são desproporcionados em relação à riqueza".
Mijatovic lembrou que "as prestações básicas de reforma" devem garantir "o direito à alimentação, a uma energia acessível e a um nível de vida adequado" e apelou "a quebrar o ciclo de pobreza crescente das crianças".
Apelou ainda aos dirigentes alemães a quem "eliminem os obstáculos existentes ao acesso aos direitos sociais" e a reduzirem "os impactos negativos a longo prazo da pobreza sobre a saúde, a educação e as perspetivas de emprego".
Medidas "urgentes são também necessárias para remediar a carência aguda de habitações acessíveis, em particular nos centros urbanos, por todos os meios disponíveis", incluindo através da intervenção no mercado da habitação, preconizou-se no documento.
Por outro lado, a comissária defendeu ainda a atribuição de uma "atenção particular (...) à subida da xenofobia", capaz de "minar a coesão social e desestabilizar as instituições democráticas".
O documento resultou de uma deslocação da comissária à Alemanha, de 27 de novembro a 01 de dezembro durante a qual se reuniu com ministros federais, dirigentes locais e representantes da sociedade civil.
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