Os Estados-membros da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu (PE) concordaram hoje com a imposição de um limite máximo, a partir de junho, às importações agrícolas ucranianas isentas de direitos aduaneiros.
"O acordo ainda não é o que esperávamos", disse Fesneau, acrescentando que "registaram-se alguns progressos, mas não são suficientes".
O ministro explicou que a França gostaria de "incluir mais cereais" e que "há uma questão sobre o trigo em particular", que não está incluído no acordo, assim como a cevada.
Entre os produtos abrangidos contam-se ovos, aves de capoeira, açúcar, mas também aveia, milho e mel, anunciaram as instituições europeias, respondendo a uma das principais fontes de indignação do setor.
Fesneau defendeu a necessidade de encontrar um equilíbrio "e ao mesmo tempo a necessidade de estabilizar os mercados a nível europeu".
"O trabalho vai continuar, uma vez que ainda há votações nas comissões parlamentares, não chegamos ao fim", afirmou.
O acordo renova por mais um ano a isenção de direitos aduaneiros concedida à Ucrânia em 2022, após a invasão da Rússia.
A UE acrescentou "mecanismos de salvaguarda" destinados a certos produtos "particularmente sensíveis", sem incluir o trigo e a cevada, de acordo com um comunicado do PE.
Os agricultores europeus manifestam-se há várias semanas contra o Pacto Verde Europeu, um pacote de legislação ambiental, e contra as importações provenientes da Ucrânia, acusando o fluxo de produtos ucranianos de baixar os preços locais e de constituir uma concorrência desleal.
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