Diretor-geral da AIEA analisa com Bashar al-Assad retoma das conversações
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indicou hoje ter mantido uma "importante reunião" em Damasco com o Presidente da Síria para reiniciar o diálogo com o governo local e abordar a "utilização pacífica da energia nuclear".
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Mundo Síria
"Reunião importante com o Presidente Bashar al-Assad em Damasco e acordo para uma nova interação entre a Síria e a AIEA para criar confiança na utilização pacífica da energia nuclear na Síria em benefício do seu povo", afirmou Rafael Grossi numa publicação na rede social X (ex-Twitter).
Grossi sublinhou que, entre os pontos abordados com o líder sírio, constaram "o apoio ao setor da saúde na Síria" e "a expansão da assistência prestada no ano passado após os terramotos".
"Estamos a intensificar os nossos esforços nos cuidados oncológicos, demonstrando o nosso empenho no desenvolvimento da Síria", afirmou o representante da agência que integra o sistema da Nações Unidas.
Grossi, que também se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Faisal al-Mikdad, sublinhou que a agência "está pronta para começar a trabalhar no relançamento do diálogo de alto nível" com Damasco e anunciou o apoio à Síria através do programa "Rays of Hope" da AIEA, um projeto de tratamento de doenças oncológicas.
"Vamos fornecer aos hospitais al-Bairuni e Tishrin equipamento essencial para melhorar a detenção e o tratamento do cancro", afirmou o diretor-geral da AIEA durante uma visita ao primeiro centro de tratamento, situado na capital.
A Presidência síria confirmou o encontro numa mensagem também na rede social X e sublinhou que, na reunião, Bashar al-Assad "discutiu com Grossi a cooperação entre a Síria e a agência em programas pacíficos, especialmente nas áreas da saúde, tratamento do cancro, agricultura e investigação científica".
A última visita de inspetores da AIEA ao país ocorreu em 2011, ano em que eclodiu a guerra no país devido à violenta repressão dos protestos pró-democracia desencadeados pela chamada "Primavera Árabe".
Na altura, o objetivo da visita era recolher informações sobre uma instalação no leste do país que Washington descreveu como um reator de conceção norte-coreana que Israel bombardeou em 2007.
Embora Damasco tenha afirmado tratar-se de uma instalação militar não nuclear, a AIEA disse ser "muito provável" que se tratava de um reator.
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