Quatro altos funcionários do Hamas morreram em ataques na última semana

O Exército de Israel confirmou hoje a morte de quatro altos funcionários do Governo do Hamas, por ajudarem a ala militar do grupo islamita, a que se somam pelo menos mais cinco mortes de agentes de segurança na última semana.

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© JACK GUEZ/AFP via Getty Images

Lusa
20/03/2024 16:06 ‧ 20/03/2024 por Lusa

Mundo

Hamas

De acordo com um comunicado militar, aviões de combate eliminaram altos funcionários do Hamas em Rafah que auxiliavam a ala militar do movimento a controlar operações no terreno.

Os mortos são Sayid Katab Alkhashash e Osama Hamd Zaher, chefes das delegações norte e leste do Gabinete de Emergência do Hamas em Rafah, respetivamente; Hadi Abu Alrus Kasin, oficial de operações; e Nidal Aleed, chefe geral do Gabinete de Emergência de Rafah, que foi eliminado num ataque na semana passada.

Um quinto funcionário, Muhammad Aud Almelalakhi, também do Gabinete de Emergência do lado oriental de Rafah, foi ferido no ataque de hoje, mas não se sabe se está morto.

Num outro bombardeamento israelita na noite passada, foi morto o funcionário Amjad Hathat, chefe do lado ocidental do Gabinete de Emergência na Cidade de Gaza, num ataque a camiões que matou pelo menos outras 23 pessoas.

Na segunda-feira, no hospital Al Shifa - que continua sitiado pelo terceiro dia consecutivo por tanques e artilharia israelita - também morreu o chefe de operações do Ministério do Interior do Hamas, Faiq Mabhouch, que, segundo Israel, "coordenava atividades do grupo islâmico na Faixa de Gaza".

No mesmo dia, morreram no bombardeamento da sua casa em Yabalia, o polícia Raed al Banna, encarregado da segurança dos camiões de ajuda nesta área, juntamente com a mulher e dois filhos.

Um outro ataque em Nuseirat causou a morte de outras três pessoas e pelo menos uma criança.

Em 166 dias de guerra, já morreram mais de 31.900 pessoas - 72% delas mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas - e mais da metade da população de Gaza, acima de um milhão de pessoas, sofre de "insegurança alimentar catastrófica", segundo um relatório da ONU.

Leia Também: Jordânia e EUA lançam ajuda humanitária a Gaza por via aérea

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