"A quantidade colossal de provas de crimes internacionais cometidos por Israel em Gaza nos últimos seis meses podia manter o Tribunal Penal Internacional ocupado nas próximas cinco décadas, especialmente ao ritmo atual dos processos", escreveu Francesca Albanese, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
Albanese citou imagens obtidas pela televisão Al-Jazira, captadas por um drone israelita em fevereiro, nas quais é visto um veículo aéreo não tripulado a matar quatro palestinianos em Khan Yunis.
Para o gabinete de imprensa das autoridades da Faixa de Gaza, "o exército de ocupação israelita mata deliberadamente civis desarmados de uma forma brutal e retaliatória que ultrapassa o âmbito da humanidade", afirmou.
O vídeo transmitido pelo canal de televisão mostrou "a extensão do crime hediondo cometido" por Israel "ao matar brutalmente civis desarmados como parte da guerra genocida que está a travar" contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza, de acordo com uma declaração publicada na plataforma Telegram.
As autoridades de Gaza condenaram este crime contra "quatro jovens civis, mortos em retaliação", responsabilizando Israel, Estados Unidas e a comunidade internacional.
"Também responsabilizamos os países que abastecem a ocupação (Israel) com várias armas responsáveis pelo assassínio de civis, crianças e mulheres. Apelamos a todos os países do mundo para que condenem o crime de genocídio cometido pela ocupação com toda a brutalidade e sadismo, em violação do direito internacional", acrescentaram.
Israel lançou uma ofensiva contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em resposta aos ataques de 07 de outubro, em solo israelita que causaram 1.200 mortos e 240 reféns, na maioria civis desarmados, muitos dos quais se encontravam num festival de música.
Desde então, as autoridades do Hamas, no poder no enclave desde 2007, registaram cerca de 32.000 mortos em Gaza, e 431 mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, EUA e União Europeia.
Leia Também: EUA confirmam votação de resolução que pede cessar-fogo em Gaza